Celebração do Aniversário de Jorge Amado na Bahia.
Por: Bella Papadopoulou.
O último final de semana foi marcado por uma grande festa em memória dos 100 anos de nascimento do escritor baiano Jorge Amado, anos mais vividos do que nunca.
Adorado escritor, Jorge Amado de Faria Leal, teria completado um século, se ainda estivesse vivo no dia 10 de agosto, como celebração, a cidade de Ilhéus sediou uma grande festa durante todo final de semana.
Uma das muitas atrações foi o show do cantor Caetano Veloso totalmente gratuito ao público, vários itacareenses marcaram presença.
Jorge Amado, um dos escritores mais famosos da escola modernista teve suas obras traduzidas para mais de 50 línguas e algumas até se tornaram temas de novelas e filmes - exemplo "Dona Flor e seus dois maridos".
Jorge nasceu em uma aldeia chamada Ferradas, perto de Itabuna que, na época, pertencia ao distrito de Ilhéus sendo a razão pela qual ele sempre chamou a si mesmo um cidadão de Ilhéus.
Ele publicou seu primeiro romance aos 18 anos em 1931 chamado "O País do carnaval" e em 1933 aumentou sua popularidade com a publicação do seu segundo romance "Cacau".
Uma das razões que os seus livros ganharam grande reconhecimento deveu-se às questões sociais que ele mostrava através de suas histórias. Na grande plantação de cacau, Jorge viu a miséria e as lutas das pessoas que trabalhavam na terra e como eles viviam em condições quase escravas. Tudo isso é muito presente em sua obra, especialmente em seu livro chamado "Terras do Sem Fim" de 1944.
Jorge Amado teve também que enfrentar o sistema politíco ditador de Getulio Vargas, devido a sua posição política e partidária. Em 1935 ele foi preso pela primeira vez, e dois anos mais tarde, seus livros foram queimados publicamente.
Na mesma época seu trabalho também foi proibido em Portugal, mas no resto da Europa ele ganhou grande popularidade, especialmente com a publicação de "Jubiabá".